Ascensão ao Cume do
Itapiroca e a Superação de Desafios
No dia 01 de setembro de
2018, Eu, meu irmão Alessandro e os amigos Alexandre, Bini e Ana, realizamos
uma caminhada ao cume do Itapiroca. Com 1.805 metros de altitude, o Itapiroca é
considerada a 5ª montanha mais alta do Brasil Meridional e está situada entre
os municípios de Antonina e Campina Grande do Sul, especificamente no conjunto
Serra do Ibitiraquire.
Formada por granito, gnaisse
e migmatito, revestida por caratuvas e por uma exuberante mata nebular no seu
topo, o Itapiroca é acessado pela mesma trilha que dá acesso ao Pico Paraná,
após o fácil, porém extenuante Morro do Getúlio.
No dia da empreitada o
tempo se apresentava com tendência estável prometendo aberturas atmosféricas na
direção do planalto. No entanto, como é comum nesta época do ano com a aproximação da
primavera, o topo estava todo tomado por uma névoa espessa que se condensava a
partir do litoral, processo muito comum na face à barlavento da Serra do Mar
Paranaense. Esta neblina inicia o seu processo de condensação por volta de 1.200 metros de altitude e se eleva sobre a borda oriental da Serra do Mar, chegando até mesmo à influenciar de maneira parcial o planalto através dos vales que separam os diversos conjuntos montanhosos.
Mesmo sem a abertura
atmosférica e a exuberante paisagem que se descortina para o litoral e para o
planalto, o dia foi maravilhoso na presença de pessoas magníficas. O destaque é
para a Ana e para o Bini que estavam fazendo uma trilha na Serra do Mar pela
primeira vez após a Ana ter enfrentado um sério problema de saúde tempos atrás.
Médicos diziam que ela iria ter grandes limitações na vida. Contrariando todas
as previsões sombrias, a Ana está conosco e mais determinada do que nunca. Após
esta caminhada ao Itapiroca acredito que não precisamos falar mais nada.
Bini, Ana, Alessandro, Eu e Alexandre
Ao fundo a Represa do Capivari: castigada pela estiagem prolongada do inverno de 2018
O tempo prometendo dia limpo
Pedra do Grito
Bromeliáceas acima e abaixo
Colmeia de abelhas nativas: raridade nos dias atuais
Nebulosidade persistente ao fundo
Morro do Caratuva e sua face ocidental, fustigada por um incêndio anos atrás
Taipabuçu e Ferraria ao fundo
Topo do Morro do Getúlio
Caratuva e sua face ocidental em processo de regeneração
Bambu anão, acima e abaixo
Início da trilha que dá acesso ao Itapiroca
Bromeliácea
Orquidácea, acima e abaixo
Topo do Itapiroca. Ao fundo a borda oriental da Serra do Mar tomada pela neblina
Neblina ligando o Caratuva (esquerda) e o Itapiroca (direita): aspectos de uma paisagem dinâmica
"Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha."