Explosão
de vida vegetal, odores e sons no Parque Estadual Rio da Onça: para além das
praias de Matinhos – Parte II
Seguindo
o objetivo de explorar as potencialidades paisagísticas da orla de Matinhos e
suas adjacências, realizamos no dia 17 de janeiro de 2020 um excelente passeio
em família pelas trilhas do Parque Estadual Rio da Onça, situado entre os
balneários de Praia Grande e Riviera.
Esta
unidade de conservação possui cerca de 118 hectares e apresenta uma vastíssima
riqueza vegetal típica da planície litorânea, com destaque para as bromélias e
orquídeas. Como são plantas epífitas, ou seja, plantas que sobrevivem sobre o
tronco de outras plantas sem lhes causar prejuízos, o parque é um verdadeiro
jardim suspenso. Importante destacar que a trilha possui apenas 1.500 metros,
totalmente acessível ao público.
Após minhas andanças pela Serra do Mar, sempre
observando os contrastes da vegetação entre a planície litorânea e os
contrafortes orientais e ocidentais da serra, num primeiro momento as trilhas
do parque parecem um tanto monótonas, dada a ausência de desníveis ou
obstáculos naturais. Entretanto, quando consideramos a visita de um
estrangeiro, especialmente se o indivíduo for oriundo das elevadas latitudes do
hemisfério norte, região da Terra onde a paisagem é mais anêmica, fico
imaginando a explosão de vida vegetal, odores e sons que este ambiente pode
proporcionar a este indivíduo.
O
Parque Estadual Rio da Onça é mais um atrativo de Matinhos que pode ser
apreciado além das suas praias, muito embora seja notável o baixo número de
visitantes. Talvez seja plausível a realização de uma campanha mais incisiva de
divulgação do parque através de atividades que possam atrair os veranistas ao
local, sem nunca se descuidar da capacidade de carga da unidade de conservação.
Um grande abraço!
Prof. Fernando Bonato