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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Visita Técnica ao Parque Estadual Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná

Em meados do mês de novembro de 2013, os alunos dos cursos de Tecnologia em Segurança do Trabalho e de Tecnologia em Gestão Ambiental da Faculdade Educacional Araucária, participaram de uma visita técnica ao Parque Estadual Vila Velha, situado no município de Ponta Grossa, Estado do Paraná.

A visita teve como objetivo geral, identificar e analisar a gênese e a dinâmica do parque estadual, na perspectiva de avaliar a fragilidade do ambiente diante de uma atividade turística desordenada que ocorria no passado recente, bem como demonstrar a importância da aplicação do Plano de Manejo do parque no sentido de organizar a visitação, proporcionando o menor impacto ambiental possível. Desta forma, procurou-se integrar as disciplinas de Avaliação dos Aspectos e Impactos Ambientais, Climatologia e Sistemas de Informação Geográfica.

O parque estadual apresenta uma base geológica arenítica, pertencente à unidade geológica do Grupo Itararé, sendo denominado localmente como Arenito Vila Velha (na área dos arenitos) e Arenito Furnas (na área das Furnas e Lagoa Dourada). De acordo com a Mineropar, a formação destes arenitos remonta há 300 milhões de anos no Período Carbonífero, quando a América do Sul ainda estava ligada à África, à Antártida, à Oceania e à Índia, formando um grande continente chamado de Gondwana. Nesta época, a região onde se localiza Vila Velha estava mais próxima ao Polo Sul e a temperatura média na Terra era muito baixa, período que corresponde a uma das grandes eras glaciais do passado terrestre denominada glaciação gondwânica permo-carbonífera, conforme as figuras abaixo.






Os aspectos geomorfológicos caracterizam-se por um relevo ruiniforme modelado pela ação da água. Tal dinâmica, ao longo do tempo geológico, produziu variadas formas com destaque para a taça, conforme fotografias abaixo.










Os arenitos são extremamente frágeis e sofriam demasiadamente no passado recente com a atividade turística sem controle, onde havia erosão antrópica provocada pelo pisoteio excessivo dos visitantes e inscrições nos arenitos, conforme se observa na figura abaixo.


Atualmente, as visitas ocorrem com a orientação de guias que promovem a apreciação dos aspectos notáveis da paisagem e da fauna locais causando um baixo impacto ambiental, uma vez que a capacidade de resiliência do parque está sendo respeitada. Também é plausível destacar a existência de uma trilha calçada que orienta a visitação, mesmo sendo um impacto ambiental visual, a calçada impede a erosão antrópica e aumenta a capacidade de visitação do parque, representando desta forma, uma importante medida mitigadora da unidade de conservação.


Embora o parque esteja delimitado e possua Plano de Manejo, nota-se que um dos maiores problemas da unidade de conservação localiza-se no seu entorno, com destaque para os cultivos agrícolas e silvicultura, bem como a proximidade da rodovia BR-277, como denotam as fotografias abaixo.



As Furnas são poços de abatimento, tecnicamente conhecidos como dolinas, que formaram-se a partir de processos erosivos subterrâneos que evoluíram para o desabamento da superfície. Em sua fase evolutiva final, destaca-se a Lagoa Dourada que também é uma furna, porém encontra-se preenchida por sedimentos.







Referência:
Sítio da Mineropar, disponível em: http://www.mineropar.pr.gov.br/

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